quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ATRITO: ARTE RITO GRITO

"Uma proposta baseada na idéia de devir dificilmente faria sentido para quem busca o alinhamento necessário à uma avaliação pragmática. O que dizer disso num Estado no qual a busca pelo paradigma indígena-caboclo continua sendo a principal trincheira estético-ideológica? Investimento em livre-pensar, em arte sem concessões, em coisas que apontem para um fora, estão sempre sob suspeita."

(Valério Fiel da Costa, Atrito IV, 2008)



"Um espaço de inter-relações, onde a criação, como base do fenômeno artístico, é colocada em foco, tendo como premissas a espontaneidade do ato criador, e o improviso – trampolim estético e impulso comunicativo. Uma experiência regida por sensações sinestésicas, pelos transportes possíveis à justaposição de manifestações artísticas diversas, em busca de uma resultante que revele suas mútuas provocações. Um choque entre linguagens artísticas, um atrito que produza a fagulha luminosa de um objeto estético."

O projeto Atrito: arte rito grito, que se notabilizou como um espaço único de experimentação artística em nossa cidade, está de volta na Galeria Theodoro Braga. Após um recesso de dois anos, o projeto, que consiste na reunião de artistas das mais diversas linguagens no espaço expositivo da Galeria para um confrontamento de proposições estéticas, retorna com força total, em novo horário, dentro da programação de encerramento da exposição Ciclos, do artista visual Diogo Vianna.
A sétima edição do projeto contará com a participação dos artistas Léo Chermont (música), Pedro Vianna (literatura, música), Ulisses Parente (vídeo, fotografia), Tom Salazar Cano (música) e Netto Dugon (teatro, peformance). A ideia básica é levar os artistas a uma interação, a uma interferência mútua entre suas linguagens, sem temas amarrados, e sem regras rígidas. A única regra é estar. A partir disso, tudo (e nada) pode acontecer. O evento conta também, em sua estrutura, com a presença de dois debatedores convidados, o artista visual, professor e Ms. Alexandre Sequeira, e a artista visual Daniely Meireles, que assistirão, junto ao público presente, a toda a performance dos artistas, e se incumbirão de, ao fim da primeira parte do projeto, provocar um debate sobre questões como o ato criador, arte contemporânea, inter-relação de linguagens, e o que mais ocorrer. Haverá ainda, ao longo do evento, a intervenção-passagem do grupo de passeio ciclístico Eart.

Atrito: arte rito grito - Sétima Edição
com Tom Salazar Cano, Léo Chermont, Ulisses Parente, Netto Dugon e Pedro Vianna
dia 21 de setembro de 2011 - 19h
Galeria Theodoro Braga - Centur
Entrada Franca

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